Disparidades de Rendimento em Portugal Agravam Crise de Acessibilidade à Habitação
Dados recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre os rendimentos em 2023 expõem as profundas desigualdades territoriais em Portugal, que se refletem diretamente na crise de acessibilidade à habitação. Oeiras mantém-se como o município com o valor mediano de rendimento líquido por pessoa mais elevado do país (15.862 euros anuais), seguido por Lisboa. No extremo oposto, encontram-se concelhos do interior, como Odemira, que registou o menor valor de rendimento e foi o único onde este diminuiu em 2023. As sub-regiões do Alto Tâmega e Barroso e do Tâmega e Sousa apresentam os rendimentos medianos mais baixos, inferiores a 10.000 euros anuais. Esta disparidade económica tem um impacto direto na capacidade das famílias para acederem a uma habitação condigna. Nas áreas metropolitanas, onde os salários são mais altos, os preços das casas são proibitivos para a maioria, enquanto no interior, apesar de a habitação ser tendencialmente mais barata, os baixos rendimentos e a falta de oportunidades de emprego dificultam igualmente o acesso. A análise do INE revela que apenas 71 dos 308 municípios portugueses apresentam rendimentos medianos superiores à referência nacional. A concentração de riqueza no litoral, especialmente na Grande Lisboa e Península de Setúbal, contrasta com a pobreza relativa do interior, criando um ciclo vicioso que agrava as assimetrias territoriais e a crise habitacional.



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