Taxas Euribor Sobem e Aumentam Pressão sobre as Prestações da Casa

As taxas Euribor, indexantes cruciais para a maioria dos créditos à habitação em Portugal, registaram subidas nos principais prazos, reforçando uma tendência de estabilização após um período de descida. A Euribor a seis meses, a mais utilizada nos contratos de taxa variável, avançou para 2,053%, enquanto a 12 meses subiu para 2,058%. Embora a média semanal ainda reflita uma descida face a meses anteriores, a desaceleração dessa queda e as recentes subidas diárias sinalizam o fim do alívio significativo nas prestações da casa. Para os contratos revistos em agosto, ainda se verificará uma poupança considerável. Por exemplo, num empréstimo de 300 mil euros a 30 anos indexado à Euribor a 12 meses, a prestação descerá cerca de 110 euros. No entanto, a DECO-PROteste alerta que este cenário de descida está a chegar ao fim, prevendo uma estabilização no último trimestre de 2025, com a possibilidade de "pequenas subidas" para contratos com maturidades mais curtas. Esta evolução é particularmente preocupante dado o aumento do endividamento das famílias, que contrataram crédito em montantes mais elevados. A subida das taxas Euribor, mesmo que ligeira, terá um impacto substancial nos orçamentos familiares, aumentando a pressão financeira sobre os detentores de crédito à habitação.

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Em resumo

A recente subida das taxas Euribor sinaliza o fim do período de alívio nas prestações da casa, aumentando a pressão financeira sobre as famílias endividadas e gerando incerteza quanto à evolução futura dos encargos com o crédito à habitação.