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Economia July 27, 2025

Crédito à Habitação Acelera para o Ritmo Mais Elevado Desde 2008

O mercado de crédito à habitação em Portugal registou uma aceleração notável, com o volume de empréstimos a crescer ao ritmo mais rápido dos últimos 17 anos. Segundo dados do Banco de Portugal, o 'stock' de crédito para a compra de casa aumentou 7,3% em junho, em termos homólogos, a maior taxa de variação anual desde agosto de 2008. Este crescimento reflete uma dinâmica de mercado impulsionada pela descida das taxas de juro e por medidas de incentivo governamentais, como a isenção de IMT para jovens e a garantia pública. Em apenas um mês, o montante total de empréstimos para habitação cresceu 1.525 milhões de euros, atingindo um 'stock' de 106,3 mil milhões de euros. No entanto, este cenário de aparente alívio para os compradores acarreta riscos significativos. Nuno Rico, especialista da DECO-PROteste, alerta que, embora as prestações estejam a descer para contratos revistos em agosto — com poupanças que podem chegar a 124 euros num empréstimo de 150 mil euros a 30 anos —, esta tendência pode estar a chegar ao fim. A previsão é de que as taxas de juro estabilizem, podendo mesmo registar pequenas subidas a partir do último trimestre de 2025, o que poderá colocar “muitas famílias com a corda na garganta”. A preocupação é agravada pelo facto de o nível de endividamento das famílias ser o mais elevado desde 2011, com os novos contratos a atingirem montantes médios de 157 mil euros, deixando os mutuários muito expostos a futuras variações nos juros.

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ai briefingEm resumo
Apesar do alívio temporário nas prestações, o crescimento recorde do crédito à habitação, impulsionado por juros mais baixos e incentivos, cria um risco elevado de sobre-endividamento para as famílias portuguesas, que poderão enfrentar dificuldades com a previsível estabilização ou subida futura das taxas.

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