De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o valor mediano de avaliação bancária fixou-se em 1.911 euros por metro quadrado (€/m²), um aumento de 25 euros face a maio e uma expressiva subida homóloga de 18,1%. Este é o valor mais elevado desde que há registo, assinalando a persistência de um mercado sobreaquecido. O número de avaliações bancárias consideradas diminuiu 7,5% em relação ao mês anterior, mas aumentou 2,8% em termos homólogos, sugerindo que, apesar de uma ligeira moderação na atividade mensal, a tendência de fundo continua a ser de crescimento. A análise por tipologia revela que os apartamentos registaram uma valorização anual ainda mais acentuada, de 22,9%, atingindo 2.208 €/m², enquanto as moradias subiram 9,2%, para 1.389 €/m². Regionalmente, a Grande Lisboa e o Algarve apresentam os valores mais elevados, com 2.940 €/m² e 2.596 €/m² para apartamentos, respetivamente. Em contraste, as regiões do interior, como as Beiras e Serra da Estrela, apresentam valores 52,2% abaixo da mediana nacional. A subida contínua deste indicador tem implicações diretas para os compradores, que necessitam de capitais próprios mais elevados para a entrada do crédito à habitação, intensificando as dificuldades de acesso à compra de casa para a classe média e os jovens.
