Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a renda mediana dos 98.657 novos contratos celebrados em 2024 fixou-se em 7,97 euros por metro quadrado (€/m²). A pressão é particularmente intensa nas áreas metropolitanas, com a Grande Lisboa a liderar com um valor mediano de 13,06 €/m², quase o dobro da média nacional. Seguem-se a Península de Setúbal (9,99 €/m²), a Região Autónoma da Madeira (9,60 €/m²), o Algarve (9,41 €/m²) e a Área Metropolitana do Porto (8,85 €/m²), todas com valores acima da referência nacional. A concentração do mercado é evidente, com 42,3% de todos os novos contratos a serem assinados nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. A nível municipal, Lisboa destaca-se como a cidade mais cara, com uma renda mediana de 15,93 €/m², seguida por Cascais (15,31 €/m²), Oeiras (13,80 €/m²) e Porto (12,58 €/m²). Esta escalada de preços, que se verifica tanto no mercado de compra como no de arrendamento, reflete um desequilíbrio profundo entre a oferta e a procura, tornando cada vez mais difícil para as famílias, especialmente as de rendimentos médios e os jovens, encontrar uma habitação a preços comportáveis.
