Numa visita a uma empresa de construção modular em Braga, o secretário-geral do PS defendeu que é possível, no prazo de um ano, colocar no mercado duas mil habitações deste tipo, com custos controlados entre 90 e 100 mil euros por unidade de 100 metros quadrados. Carneiro instou o Governo a "sair dos seus gabinetes, sair do ar condicionado, venha ao terreno falar com as pessoas, falar com as instituições, falar com as empresas e dar resposta às necessidades". A proposta surge como uma solução para situações urgentes, como a do Bairro do Talude, em Loures. Para além da construção modular, o líder socialista sugeriu o recurso a instituições da Igreja e do setor social para alojamento temporário. Outro ponto central da sua intervenção foi a crítica ao IHRU, cujas respostas às câmaras municipais estão, segundo Carneiro, atrasadas há meses, bloqueando as estratégias locais de habitação. O PS defende, por isso, o desbloqueamento das respostas do instituto e o reforço do financiamento para a construção a custos controlados. Esta posição marca a agenda política da oposição, que pressiona o executivo a apresentar medidas eficazes e céleres para uma crise que afeta milhares de famílias.
