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Economia July 28, 2025

Desigualdades de Rendimento Agravam Impacto da Crise Habitacional

As profundas desigualdades de rendimento entre os municípios portugueses, confirmadas por dados recentes do INE, agravam o impacto da crise da habitação. Enquanto concelhos como Oeiras registam os rendimentos mais elevados do país, o interior Norte e o Tâmega e Sousa permanecem nas posições mais baixas, tornando o acesso à habitação uma realidade drasticamente diferente consoante a geografia.

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De acordo com as Estatísticas do Rendimento ao Nível Local de 2023, o valor mediano do rendimento líquido por pessoa em Portugal foi de 11.446 euros anuais. No entanto, a distribuição é marcadamente assimétrica. Oeiras lidera a tabela com um rendimento mediano de 15.862 euros, seguido por Lisboa (14.282 euros) e Alcochete (13.654 euros). No extremo oposto, encontram-se as sub-regiões do Alto Tâmega e Barroso (9.449 euros) e do Tâmega e Sousa (9.819 euros), que apresentam os valores mais baixos do país. Esta disparidade significa que, enquanto os residentes de Oeiras ganham, em média, mais 4.000 euros por ano do que os da vizinha Amadora, os habitantes de muitas regiões do interior têm um poder de compra significativamente inferior. Esta realidade tem um impacto direto na crise habitacional: nas zonas de baixos rendimentos, mesmo preços de habitação considerados moderados a nível nacional tornam-se inacessíveis. A crise não se manifesta de forma uniforme, sendo exponencialmente mais severa para as populações com menor capacidade financeira, que se veem cada vez mais excluídas do mercado, seja de compra ou de arrendamento.

ai briefingEm resumo
As assimetrias territoriais de rendimento em Portugal criam diferentes "crises da habitação" dentro do país, com as populações de regiões de baixos salários a enfrentarem barreiras de acesso à habitação ainda mais severas.

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