A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, admitiu as dificuldades na gestão do programa, que reembolsa despesas com melhorias como painéis solares ou bombas de calor, afirmando que das 80 mil candidaturas recebidas desde 2022, cerca de 10 mil continuavam por avaliar no final de junho. A ministra descreveu o processo como "muito complexo" e "moroso", revelando que até universidades contratadas para ajudar na avaliação desistiram. Em substituição, o Governo prepara o programa "E-Lar", que será "muito mais simples", focando-se na troca de eletrodomésticos com um desconto direto no momento da compra. No entanto, esta nova abordagem foi criticada pela Associação Nacional dos Fabricantes de Janelas Eficientes (ANFAJE). O seu presidente, João Ferreira Gomes, argumenta que o "E-Lar não resolve o problema estrutural da pobreza energética", que reside no mau isolamento térmico das casas. A associação defende que o foco deveria ser a melhoria do conforto das habitações para reduzir os custos com aquecimento e arrefecimento, em vez de incentivar a compra de produtos importados. A ANFAJE considera que o programa "Edifícios + Sustentáveis" foi "globalmente positivo", pecando apenas por "falta de ambição e regularidade".
