O estudo do Gabinete de Estudos Económicos, Empresariais e de Políticas Públicas (G3E2P) da FEP baseia-se na revisão em alta do número de estrangeiros residentes em Portugal, divulgada pela Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) em abril, que aponta para mais 250 mil pessoas do que os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Ao corrigir a população total, o PIB per capita diminui, resultando numa revisão em baixa do nível de vida de 81,6% para 79,2% da média da UE em 2024. As projeções indicam que, em 2026, Portugal cairá para a 21.ª posição no ranking europeu, a sétima pior. Óscar Afonso, diretor da FEP, sublinhou a urgência de integrar os dados da AIMA nas estatísticas oficiais para fundamentar corretamente as políticas de imigração, emprego, habitação e proteção social. Nuno Torres, do G3E2P, considerou que o anterior Regime de Manifestação de Interesse "gerou um descontrolo migratório por estar desligado das necessidades da economia". O estudo recomenda uma política de imigração articulada com as necessidades do mercado de trabalho e o combate à economia informal para reverter o "caminho de empobrecimento relativo".
