Procura de Arrendamento Foge dos Centros Urbanos para as Periferias

Uma análise ao mercado de arrendamento no segundo trimestre de 2025 revela uma mudança significativa no comportamento dos portugueses, com a procura a concentrar-se nos municípios periféricos em detrimento dos grandes centros urbanos. Segundo dados do portal imobiliário idealista, Lisboa e Porto saíram da lista dos 50 concelhos mais procurados para arrendar casa, ocupando agora as posições 65 e 81, respetivamente. Esta tendência é uma consequência direta dos preços elevados praticados nas duas maiores cidades do país. A liderança da procura é agora assumida por concelhos como Barreiro, Vila Franca de Xira e Amadora, na Área Metropolitana de Lisboa. Nestes municípios, as rendas medianas situam-se em valores como 1.004 euros, 1.146 euros e 1.200 euros, respetivamente, valores consideravelmente inferiores aos 1.751 euros de Lisboa. A mesma dinâmica observa-se na periferia do Porto, com municípios como Paredes (968 euros/mês) e Penafiel (760 euros/mês) a registarem uma elevada procura. O estudo nota que, embora o mercado de arrendamento tenha vindo a abrandar ligeiramente, a pressão sobre os preços nas periferias tende a aumentar por efeito de contágio. Ainda assim, entre os 50 municípios mais procurados, 21 ainda apresentam rendas abaixo dos 1.000 euros, com destaque para a Covilhã (582 euros) e Bragança (596 euros) como os mais acessíveis.

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Em resumo

A escalada dos preços das rendas em Lisboa e no Porto está a forçar uma migração da procura para os concelhos limítrofes, alterando a geografia do mercado de arrendamento. Esta fuga para as periferias, em busca de maior acessibilidade, alivia a pressão individual, mas cria novos desafios de mobilidade e desenvolvimento para as autarquias de destino.