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Economia July 30, 2025

Especialistas Criticam Políticas de Habitação e Defendem Controlo de Rendas

A resposta política à crise da habitação tem sido alvo de críticas por parte de especialistas, que questionam a eficácia das medidas governamentais e propõem abordagens alternativas. Avelino Oliveira, presidente da Ordem dos Arquitetos, manifestou ceticismo em relação às promessas do Governo, afirmando que “mais de 75% dos 59 mil fogos [prometidos] não são novos” e que, ao ritmo atual de construção de habitação pública com fundos do PRR, “nem aos 3% chegamos”. O arquiteto defende que o controlo de rendas “é absolutamente necessário” em zonas de grande pressão urbanística, embora ressalve que a medida não pode ser aplicada “de forma casuística”, devendo basear-se nas cartas municipais de habitação, que se encontram, na sua maioria, atrasadas. Esta visão é partilhada em artigos de opinião que classificam a crise como um “verdadeiro problema da política” e não apenas da economia. Um desses artigos aponta o modelo de Viena, com uma forte aposta em habitação pública e arrendamento acessível, como um exemplo de sucesso que resultou de um planeamento a longo prazo. Outras vozes, como a do candidato da CDU à Câmara de Lisboa, João Ferreira, ecoam a necessidade de “travar a onda especulativa que se abateu sobre a cidade e que atira os preços da habitação para níveis incomportáveis”. Estas críticas sublinham a necessidade de uma intervenção estatal mais robusta e de um planeamento estratégico para resolver um problema estrutural.

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ai briefingEm resumo
Especialistas e agentes políticos criticam a abordagem atual à crise da habitação, considerando-a insuficiente e apontando para a necessidade de medidas mais estruturais, como o controlo de rendas e um forte investimento em habitação pública. A falta de um planeamento eficaz e a lentidão na execução de políticas são vistas como os principais obstáculos à resolução do problema.

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