Candidatos de diferentes forças políticas por todo o país estão a apresentar propostas concretas para responder à falta de casas acessíveis, sinalizando a urgência do problema a nível local. A habitação acessível é uma das principais preocupações dos eleitores e, consequentemente, uma prioridade nas plataformas eleitorais para as autárquicas de 12 de outubro. Em Bougado (Trofa), o candidato do Chega, Gianluca Bentivegna, propõe uma atuação ativa na sinalização de situações de insalubridade e sobrelotação. Em Alte (Loulé), a candidata da coligação ‘Fazer Melhor’ (PSD/CDS), Elisabete Luz, destaca a urgência de construir novos fogos e implementar medidas de apoio para fixar residentes no interior.
Em Famalicão, a candidatura do PS, liderada por Eduardo Oliveira, foca-se em políticas de habitação acessível. Já em Porto de Mós, o candidato do PSD, Jorge Vala, que se recandidata a um terceiro mandato, também tem a habitação como um dos eixos da sua estratégia. A transversalidade do tema nos discursos dos candidatos, desde a direita à esquerda, demonstra um reconhecimento generalizado de que a resolução da crise habitacional passa, em grande medida, pela intervenção das autarquias, seja através da construção de nova oferta, da reabilitação de imóveis ou da criação de incentivos para fixar população.