Esta valorização generalizada, que afeta todas as regiões do país, agrava a crise de acessibilidade e coloca uma pressão crescente sobre as famílias.
A tendência de subida foi transversal, com 17 capitais de distrito a registarem aumentos.
As maiores valorizações homólogas ocorreram em Santarém (24%), Setúbal (20,8%) e Guarda (18,5%), demonstrando que a pressão imobiliária já não se cinge aos grandes centros urbanos.
Lisboa mantém-se como a cidade mais cara do país para comprar casa, com um custo de 5.829 euros/m2, seguida pelo Porto (3.804 euros/m2) e Funchal (3.679 euros/m2). Em contrapartida, as cidades mais económicas continuam a ser Portalegre (871 euros/m2), Castelo Branco (906 euros/m2) e Guarda (957 euros/m2). A cidade de Coimbra destaca-se com uma subida de 9%, superior à média nacional, atingindo um valor mediano de 2.067 euros/m2, o que reflete uma forte pressão sobre o seu centro urbano. Este dinamismo contrasta com a evolução mais contida no distrito de Coimbra como um todo, que viu os preços subirem apenas 4,3%. A tendência de valorização estende-se também às regiões autónomas, com a ilha de São Miguel a registar uma subida de 25% e a ilha de Porto Santo 23,4%. A Área Metropolitana de Lisboa continua a ser a região mais cara, com um preço médio superior a 4.100 euros/m2, seguida pelo Algarve e pela Madeira. O Centro, apesar de uma subida de 9,2%, permanece como uma das regiões mais económicas, com um valor médio de 1.582 euros/m2.