Seguem-se Sintra, com aproximadamente 4.000 pedidos (representando 10.000 pessoas), Setúbal (1.963), Oeiras (1.467) e Cascais (1.371).
A dimensão humana do problema é visível em concelhos como o Barreiro, onde os 812 pedidos correspondem a 3.248 pessoas com um rendimento médio per capita de apenas 325 euros.
Face à pressão, os municípios têm desenvolvido esforços para aumentar o parque habitacional, recorrendo a fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Lisboa entregou cerca de 3.000 habitações no atual mandato, enquanto Sintra atribuiu 1.513 fogos.
No entanto, a maioria dos autarcas considera que a resposta ultrapassa a escala local.
Basílio Horta, presidente da Câmara de Sintra e da AML, defende que "a habitação é um direito constitucional e uma responsabilidade primeira do Estado", sublinhando que "as autarquias não podem ser deixadas sozinhas".
Esta posição é partilhada por municípios como Loures, Almada e Odivelas, que alertam para o estrangulamento financeiro causado pela necessidade de adiantar fundos próprios para obras enquanto aguardam os reembolsos do financiamento público.