O caso evidencia as tensões extremas que podem surgir no contexto da crise habitacional e das dificuldades no arrendamento.
De acordo com a Polícia Judiciária (PJ), o suspeito, que já tinha antecedentes criminais por crimes contra a propriedade, arrendou o anexo em maio de 2024 mas, posteriormente, deixou de cumprir com as suas obrigações financeiras. Perante a ação de despejo, o homem ameaçou os proprietários, chegando a exibir uma arma de fogo e prometendo "deitar fogo à vivenda, anexos e respetivo recheio". As ameaças foram concretizadas em março, quando o suspeito acedeu ao interior da vivenda através de uma janela aberta e, utilizando uma substância inflamável, ateou fogo a um colchão.
O incêndio resultante destruiu várias divisões da habitação e só não teve consequências mais graves devido à rápida intervenção dos bombeiros.
O homem foi detido pela PJ de Setúbal e, após primeiro interrogatório judicial, foi-lhe aplicada a medida de coação mais gravosa, a prisão preventiva, por crimes de incêndio, ameaça, coação e detenção de arma proibida.