O valor mediano por metro quadrado (m2) a nível nacional atingiu os 2.926 euros, refletindo uma pressão contínua e generalizada sobre o mercado imobiliário.
Este aumento não se circunscreveu às grandes metrópoles, tendo sido verificado em 17 capitais de distrito, o que demonstra a amplitude nacional da crise de preços. Lisboa continua a ser a cidade mais cara do país para comprar casa, com um preço mediano de 5.829 euros/m2, apesar de ter registado uma das subidas mais modestas entre as capitais de distrito (3,5%). Seguem-se o Porto, com 3.804 euros/m2, e o Funchal, com 3.679 euros/m2.
As subidas mais expressivas ocorreram em cidades como Santarém (24%), Setúbal (20,8%) e Guarda (18,5%), indicando que a pressão imobiliária se está a alastrar para além dos centros urbanos tradicionais.
A cidade de Coimbra também registou um aumento significativo de 9%, superando a média nacional.
Em contrapartida, as cidades mais acessíveis para comprar casa continuam a ser Portalegre (871 euros/m2), Castelo Branco (906 euros/m2) e Guarda (957 euros/m2).
A análise por regiões e ilhas revela que os maiores aumentos se deram na ilha de São Miguel (25%) e na ilha de Porto Santo (23,4%), evidenciando uma procura crescente por habitação em zonas anteriormente consideradas mais económicas.
A Grande Lisboa mantém-se como a região mais cara (4.111 euros/m2), seguida pelo Algarve (3.753 euros/m2).