Para um empréstimo de 150 mil euros a 30 anos com um 'spread' de 1%, a poupança pode chegar aos 123,45 euros.
Contudo, os sinais mais recentes indicam que este ciclo de alívio financeiro poderá estar a chegar ao fim.
Em julho, as médias mensais das taxas Euribor a três e seis meses inverteram a tendência de queda e subiram ligeiramente, um movimento que, embora de pequena magnitude, sugere uma estabilização das taxas. Esta mudança de rumo está alinhada com a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de manter as suas taxas de juro diretoras inalteradas na sua última reunião, após oito reduções consecutivas.
Nuno Rico, economista da DECO, analisa que "este cenário de descida no crédito à habitação está a chegar ao fim".
A estabilização das taxas cria um momento oportuno para os detentores de crédito à habitação reavaliarem as suas condições contratuais. A renegociação do 'spread' ou a transferência do crédito para outra instituição bancária podem ser opções a considerar para garantir melhores condições a longo prazo, antes que as taxas voltem a uma trajetória ascendente.
A pausa do BCE e a ligeira subida das Euribor a prazos mais curtos são interpretadas pelos mercados como um sinal de que futuras descidas de juros serão mais cautelosas, o que impactará diretamente o custo dos novos créditos e as futuras revisões das prestações.