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Economia August 3, 2025

Preços das casas disparam em vilas históricas com feiras medievais

O mercado imobiliário em concelhos portugueses com forte tradição histórica e conhecidos pelas suas feiras medievais registou uma valorização extraordinária no último ano, com aumentos de preços que, em alguns casos, se aproximam dos 100%. Um estudo do portal imobiliário Imovirtual analisou cinco dessas localidades e revelou uma tendência de forte procura e consequente inflação dos preços, demonstrando que o interesse por estas zonas vai muito além do turismo sazonal.

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A vila de Marvão, no Alentejo, lidera os aumentos, com o preço médio de venda a crescer uns impressionantes 98%, passando de 165 mil euros em 2024 para 315 mil euros em 2025. Óbidos, no distrito de Leiria, registou o preço médio mais elevado, subindo 37% para 680 mil euros. Sintra, um polo de grande atratividade perto de Lisboa, viu os preços aumentarem 36%, para uma média de 395 mil euros. Outras localidades analisadas também apresentaram subidas significativas: Santa Maria da Feira, no norte, teve um crescimento mais moderado de 11%, para 390 mil euros, enquanto Castelo de Vide, também no Alentejo, registou uma valorização de 25%, com o preço médio a fixar-se em 137.500 euros.

O estudo aponta que a oferta nestas zonas é maioritariamente composta por moradias, o que pode justificar em parte os valores médios elevados.

Esta tendência de valorização acentuada em zonas de forte cariz cultural e histórico reflete uma procura crescente por qualidade de vida, autenticidade e refúgios fora dos grandes centros urbanos, mas também levanta sérias questões sobre a acessibilidade à habitação para as populações locais.

ai briefingEm resumo
A valorização imobiliária em vilas históricas como Marvão e Óbidos atinge níveis recorde, impulsionada pelo turismo e pela procura de autenticidade, mas intensifica a crise de acessibilidade para os residentes locais, tornando o sonho de viver nestes locais um luxo para poucos.

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