A vila de Marvão, no Alentejo, lidera os aumentos, com o preço médio de venda a crescer uns impressionantes 98%, passando de 165 mil euros em 2024 para 315 mil euros em 2025. Óbidos, no distrito de Leiria, registou o preço médio mais elevado, subindo 37% para 680 mil euros. Sintra, um polo de grande atratividade perto de Lisboa, viu os preços aumentarem 36%, para uma média de 395 mil euros. Outras localidades analisadas também apresentaram subidas significativas: Santa Maria da Feira, no norte, teve um crescimento mais moderado de 11%, para 390 mil euros, enquanto Castelo de Vide, também no Alentejo, registou uma valorização de 25%, com o preço médio a fixar-se em 137.500 euros.
O estudo aponta que a oferta nestas zonas é maioritariamente composta por moradias, o que pode justificar em parte os valores médios elevados.
Esta tendência de valorização acentuada em zonas de forte cariz cultural e histórico reflete uma procura crescente por qualidade de vida, autenticidade e refúgios fora dos grandes centros urbanos, mas também levanta sérias questões sobre a acessibilidade à habitação para as populações locais.