Este aumento generalizado agrava a crise de acessibilidade, especialmente fora dos grandes centros urbanos.
De acordo com o índice de preços do portal imobiliário Idealista, o custo do arrendamento em Portugal aumentou 2,4% em termos homólogos em julho, fixando o valor mediano em 16,7 euros por metro quadrado (euros/m²). Embora a nível nacional a subida tenha abrandado, várias capitais de distrito registaram aumentos de dois dígitos, com Viana do Castelo a liderar com uma subida de 15,4%, seguida por Coimbra (13%) e Viseu (11%). Lisboa mantém-se como a cidade mais cara para arrendar, com um custo de 22,1 euros/m².
No que diz respeito à compra de casa, os preços registaram a maior subida anual desde dezembro de 2024, aumentando 8,5% em julho face ao período homólogo.
Este crescimento elevou o preço mediano para 2.926 euros/m², um aumento de quase 100 euros desde o final do ano anterior.
Cidades como Santarém (24%) e Setúbal (20,8%) lideraram as subidas.
A persistência desta tendência inflacionista reflete um mercado sob intensa pressão, onde a procura por habitação supera largamente a oferta disponível, resultando em valores cada vez mais desfasados dos rendimentos médios das famílias portuguesas.
A crise, antes concentrada nos grandes centros de Lisboa e Porto, demonstra assim uma crescente disseminação pelo território nacional, afetando um número cada vez maior de cidades e distritos.