Os principais partidos políticos estão a posicionar a habitação no centro das suas campanhas para as próximas eleições locais.
O PSD, com o objetivo de recuperar a liderança autárquica, aposta fortemente nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, onde a crise é mais sentida. A estratégia passa por manter a liderança em municípios como Lisboa e tentar a vitória em autarquias onde os atuais presidentes atingiram o limite de mandatos, como Porto e Sintra. O PS, por sua vez, enfrenta o desafio de ter 47 presidentes em fim de mandato e procura manter o seu estatuto de principal partido autárquico. Para isso, apresenta candidatos de peso em municípios chave, como Alexandra Leitão para Lisboa e Ana Mendes Godinho para Sintra, com o objetivo de responder às "necessidades dos territórios e das populações". O Chega também entra na disputa com a ambição de apresentar listas nos 308 concelhos e com todos os seus deputados como cabeças de lista, visando capitalizar o seu crescimento a nível nacional.
A relevância do tema é tal que, segundo um relatório do IBERIFIER, a habitação foi um dos principais focos de campanhas de desinformação durante as últimas eleições legislativas, o que demonstra o seu peso no debate público e a sua capacidade de influenciar a opinião dos eleitores.