O cenário real poderá ser ainda mais grave, uma vez que as estatísticas oficiais não captam os milhares de casos de arrendamento informal nem o impacto da contração do mercado, que torna cada despejo proporcionalmente mais significativo.

O número de despejos em Portugal registou um aumento homólogo de 14% nos primeiros cinco meses de 2025, um dado que agrava a já severa crise habitacional e social no país. Esta subida, que se traduziu na emissão de 659 títulos de desocupação do locado, ocorre num contexto de simplificação dos procedimentos legais introduzida pelo pacote Mais Habitação, que visava acelerar a resolução de casos de incumprimento no arrendamento. A Associação dos Inquilinos Lisbonense (AIL) descreve a situação como "dramática" e de "dimensão muito assustadora". O seu presidente, Pedro Ventura, confirma um "aumento muito significativo dos despejos por dificuldades com o pagamento da renda", um fenómeno que, segundo ele, justifica "os casos de criação de bairros de barracas na Área Metropolitana de Lisboa". A crise não afeta apenas os agregados mais carenciados; especialistas como a socióloga Sandra Marques Pereira e a ex-autarca Isabel Santana alertam que a precariedade habitacional atinge agora um espectro social mais vasto, incluindo "jovens licenciados, com mestrados e doutoramentos" e idosos vítimas de "'bullying' imobiliário". Para além dos despejos e da construção de barracas, a crise manifesta-se noutras formas de precariedade, como "a sobrelotação e as camas arrendadas a preços exorbitantes", face às quais, segundo Sandra Marques Pereira, "o Governo mantém-se completamente em silêncio".
O cenário real poderá ser ainda mais grave, uma vez que as estatísticas oficiais não captam os milhares de casos de arrendamento informal nem o impacto da contração do mercado, que torna cada despejo proporcionalmente mais significativo.
A bolsa nova-iorquina terminou hoje a semana em alta, com os investidores a manifestarem otimismo sobre um possível corte das taxas de juro pela Reserva Federal (Fed).
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