Esta vulnerabilidade financeira tem consequências profundas, levando muitos a abandonar os estudos superiores e a recear pela sua segurança económica na reforma.
Os dados revelam um cenário de grande fragilidade: 52% dos millennials (nascidos entre 1983 e 1994) e 54% da Geração Z (1995-2006) vivem de "salário em salário".
Cerca de quatro em cada dez jovens admitem ter dificuldades em cobrir as despesas básicas mensais.
Esta pressão financeira reflete-se nas suas maiores ansiedades, com o "futuro financeiro a longo prazo" a ser a principal fonte de stress para 55% dos inquiridos.
Consequentemente, uma maioria expressiva (60% dos millennials e 54% da Geração Z) teme não conseguir poupar o suficiente para garantir uma reforma confortável. A crise de acessibilidade à habitação é um dos principais fatores que contribui para esta situação, sendo que o estudo aponta que as limitações financeiras levaram 53% dos millennials e 40% da Geração Z em Portugal a não prosseguir para o ensino superior, um valor significativamente superior à média global.
O custo das propinas é identificado como o maior entrave, mas os custos associados a viver fora de casa, como o alojamento, são indissociáveis desta realidade.