As principais cidades académicas registam os valores mais elevados, com Lisboa a rondar os 500 euros e o Porto os 400 euros.
Esta escalada de preços está a ter um impacto direto nas decisões dos estudantes, com muitos a serem forçados a desistir de frequentar universidades longe da sua área de residência devido à incapacidade de suportar os custos de alojamento.
A oferta pública continua a ser manifestamente insuficiente para responder à elevada procura.
O Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES), lançado em 2019 com a meta de criar 19 mil camas até 2026, apresenta uma execução muito aquém do previsto. Até julho de 2025, apenas cerca de 2.500 camas foram concluídas.
O Ministério da Educação prevê que até setembro do mesmo ano fiquem prontas mais 19 residências, adicionando 2.300 camas, das quais 1.199 são novas.
A discrepância entre a oferta e a procura, aliada à ineficácia das políticas públicas, cria um cenário de grande dificuldade para milhares de estudantes e as suas famílias, transformando o acesso ao ensino superior num desafio económico e logístico.