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Economia August 8, 2025

Défice de 150.000 casas e parque público de 2% expõem profundidade da crise habitacional

Avelino Oliveira, presidente da Ordem dos Arquitetos, quantifica a necessidade habitacional do país em "150.000 casas para resolver a crise da habitação".

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Esta carência contrasta com o parque de habitação pública, que representa apenas 2% do total de fogos, um valor residual quando comparado com a média europeia de 8%.

A meta, segundo o arquiteto, deveria ser atingir os 5% para regular o mercado.

O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que prevê a disponibilização de 59.000 casas até 2030, é considerado insuficiente, pois, segundo Avelino Oliveira, "apenas um quarto, isto é, cerca de 14.000 é que são efetivamente habitação nova, o resto são bairros sociais existentes que serão alvo de reabilitação".

Esta perspetiva é corroborada por dados do Eurostat, citados num dos artigos, que indicam que "Portugal é o país com o pior acesso à habitação, na Europa, considerando o preço das casas e o rendimento per capita das famílias".

Patrícia Barão, especialista do setor imobiliário, descreve o tema como um "flagelo" e aponta a falta de uma "estrutura de built-to-rent (BTR)" como uma das falhas do mercado. A combinação de uma oferta insuficiente, um parque público diminuto e salários baixos cria um ciclo vicioso que torna o acesso à habitação uma das maiores crises sociais e económicas do país.

ai briefingEm resumo
A crise habitacional em Portugal é marcada por um défice de 150.000 casas e um parque de habitação pública de apenas 2%, muito inferior à média europeia. Especialistas consideram que os planos governamentais, como o PRR, são insuficientes, focando-se maioritariamente em reabilitação e não em construção nova, o que perpetua a dificuldade de acesso à habitação.

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