A análise da plataforma imobiliária revela uma dinâmica complexa no mercado.
Por um lado, o número médio de contactos por anúncio diminuiu 45% em comparação com o mesmo período de 2024, quando a média era de 32.
No entanto, Ruben Marques, porta-voz do idealista, esclarece que este abrandamento “não reflete, necessariamente, uma quebra no interesse das famílias, mas sim um acréscimo na disponibilidade de imóveis para arrendar”.
A procura, embora mais dispersa, continua a ser muito superior à oferta, mantendo as rendas em níveis “elevados e inacessíveis para grande parte da população portuguesa”.
A pressão é mais acentuada em algumas capitais de distrito.
Portalegre lidera a procura, com uma média de 53 contactos por anúncio, seguida por Faro (33) e Évora (32). Em contraste, as cidades do Porto e Coimbra registam as médias mais baixas, com 8 e 7 contactos por anúncio, respetivamente, o que pode estar relacionado com uma maior oferta nesses mercados.
Em Lisboa, cada casa anunciada recebeu em média 14 contactos, uma quebra homóloga de 49%.
Estes dados sublinham que, apesar de um ligeiro aumento da oferta, o desequilíbrio persiste e o acesso a uma habitação arrendada continua a ser um dos maiores desafios para as famílias no país.













