Esta disparidade evidencia que a escassez de trabalhadores qualificados e a pressão salarial são, atualmente, desafios mais significativos para o setor do que a volatilidade dos preços das matérias-primas.

A análise detalhada dos materiais revela um cenário misto: enquanto produtos como vidros e espelhos registaram subidas de cerca de 30% e os aparelhos de climatização perto de 10%, outros, como betumes, madeiras e tubagens de aço, apresentaram reduções de preço a rondar os 10%. Esta dinâmica sugere que, embora alguns subsetores enfrentem pressões inflacionistas, a tendência geral dos materiais é de maior estabilização.

A subida contínua dos custos de construção, alimentada pela mão de obra, dificulta a produção de nova habitação a preços acessíveis, contribuindo para a perpetuação da crise no acesso à morada.