Embora o número de contactos por anúncio tenha diminuído 45% face ao ano anterior, os preços permanecem elevados, refletindo um desequilíbrio persistente entre a oferta e a procura. De acordo com uma análise do portal Idealista, a diminuição no número de contactos por anúncio não significa necessariamente uma quebra no interesse, mas sim “um acréscimo na disponibilidade de imóveis para arrendar”.
No entanto, como salienta o porta-voz Ruben Marques, “os valores praticados mantêm-se altos e permanecem inacessíveis para grande parte da população portuguesa”.
A pressão da procura é mais intensa em cidades como Portalegre, que lidera com uma média de 53 contactos por anúncio, seguida por Faro (33) e Évora (32). Em contrapartida, as cidades com menor pressão relativa são o Porto (8 contactos) e Coimbra (7), o que pode estar relacionado com uma maior oferta nesses mercados.
Em Lisboa, a média foi de 14 contactos, uma queda de 49% em relação ao ano anterior, mas os preços continuam a ser os mais elevados do país.
Este cenário demonstra que, apesar de um ligeiro aumento da oferta, o mercado de arrendamento continua a ser um dos principais focos da crise da habitação, com a maioria das famílias a enfrentar grandes dificuldades para encontrar uma casa a um preço comportável.














