Esta tendência agrava a pressão financeira sobre as famílias com empréstimos para a compra de casa, aumentando o valor das prestações mensais.

A análise detalhada da evolução das taxas revela que a Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal, foi fixada em 2,085%, enquanto a taxa a doze meses subiu para 2,132% e a três meses para 2,029%.

Embora o Banco Central Europeu (BCE) tenha mantido as suas taxas diretoras na última reunião de política monetária, após um ciclo de oito reduções desde junho de 2024, a incerteza persiste. Analistas dividem-se entre a manutenção das taxas até ao final do ano e a possibilidade de um novo corte em setembro.

Em julho, as médias mensais da Euribor já tinham invertido a tendência de descida dos meses anteriores, subindo nos prazos mais curtos.

Esta volatilidade reflete a complexidade do cenário económico e o seu impacto direto no custo do dinheiro.

Para as famílias portuguesas, estas subidas representam um aumento do esforço financeiro mensal, numa altura em que o custo de vida já se encontra elevado, contribuindo para a deterioração da capacidade de compra e para a dificuldade em aceder ao crédito à habitação.