O partido considera a decisão um ato de “populismo ineficaz” e um “frete político” que não resolverá a crise da habitação na cidade. A análise da situação revela um conflito de visões sobre como gerir a pressão turística no mercado de arrendamento. Para a autarquia, a suspensão é uma tentativa de conter a expansão do AL e, potencialmente, aumentar a oferta de habitação para arrendamento de longa duração. No entanto, a IL, através da sua candidata Sara Jardim, argumenta que a proibição de novas licenças “não vai aumentar a oferta de arrendamento” e serve apenas para “mascarar a total ausência de estratégia do executivo camarário e do Governo Regional”. A medida adotada no Funchal reflete um debate que tem ocorrido noutras cidades portuguesas, onde o crescimento exponencial do Alojamento Local é apontado como um dos fatores que contribuem para a redução da oferta de casas para residentes e para a subida das rendas.

A decisão de suspender as licenças, mesmo que temporariamente, representa uma intervenção direta do poder local no mercado, mas a sua eficácia em resolver a crise habitacional a longo prazo permanece uma questão em aberto e alvo de forte contestação política.