As taxas Euribor, indexantes cruciais para o crédito à habitação em Portugal, registaram ligeiras subidas nos prazos a seis e doze meses, mantendo-se acima do patamar de 2%, num contexto de expectativa sobre as próximas decisões do Banco Central Europeu (BCE). As flutuações diárias das taxas Euribor continuam a ser um tema de elevada relevância para as famílias com crédito à habitação de taxa variável. Nos dados reportados a 12 de agosto de 2025, a Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal, subiu para 2,098%, enquanto a taxa a 12 meses avançou para 2,142%. A Euribor a três meses manteve-se estável em 2,029%.
De acordo com dados do Banco de Portugal referentes a junho, a Euribor a seis meses representava 37,74% do stock de empréstimos para habitação própria com taxa variável, o que demonstra o seu impacto direto em centenas de milhares de contratos. Este comportamento das taxas ocorre após o BCE ter mantido as suas taxas diretoras na reunião de 24 de julho, depois de ter iniciado um ciclo de oito cortes em junho de 2024. A incerteza paira sobre os próximos passos da política monetária: enquanto alguns analistas preveem a manutenção das taxas até ao final do ano, outros antecipam um novo corte de 25 pontos base já em setembro.
A próxima reunião do BCE, agendada para 10 e 11 de setembro, será crucial para definir a tendência dos juros e, consequentemente, o custo do crédito para as famílias portuguesas.
Em resumoA estabilização das taxas Euribor em valores superiores a 2% continua a pressionar os orçamentos familiares com crédito à habitação de taxa variável, mantendo a incerteza sobre o custo do crédito nos próximos meses, dependente das futuras decisões do BCE.