A tentação de usar as poupanças para amortizar o empréstimo e "dormir descansado" é forte, mas a racionalidade financeira sugere que esta nem sempre é a melhor opção.
Se o custo do crédito for inferior ao retorno potencial de um investimento, manter o empréstimo e aplicar o excedente pode ser financeiramente mais vantajoso.
No entanto, esta decisão não é puramente matemática.
Fatores como a aversão ao risco, a idade e a necessidade de liquidez pesam significativamente. Além disso, a amortização antecipada em contratos de taxa variável acarreta uma penalização de até 0,5%, embora esta esteja suspensa até ao final de 2025. Para os aforradores, o cenário de juros baixos torna os depósitos a prazo pouco atrativos, com retornos frequentemente abaixo da inflação, o que significa uma perda real de poder de compra. A diversificação para produtos como fundos de ações ou obrigações torna-se, assim, uma alternativa a considerar.
Este dilema evidencia a importância da literacia financeira para que as famílias possam tomar decisões informadas e alinhadas com os seus perfis e objetivos, num contexto económico em constante mudança.













