A crise da habitação é um tema central na agenda política portuguesa, motivando propostas de diferentes quadrantes, desde o Partido Socialista a apelar a mais parcerias, ao Chega que propõe a construção de casas para jovens no Funchal. As iniciativas refletem a urgência em encontrar soluções para a falta de acesso à habitação, um dos maiores desafios sociais e económicos do país. O Partido Socialista, através do seu líder José Luís Carneiro, enviou uma carta ao primeiro-ministro defendendo a necessidade de mais parcerias entre o Estado, autarquias, cooperativas, instituições de solidariedade e agentes económicos para resolver o problema. Do lado da oposição, o Chega, pela voz do seu candidato à Câmara do Funchal, Luís Filipe, anunciou uma proposta para construir, no mínimo, 100 novas habitações destinadas a jovens até aos 35 anos durante o primeiro mandato.
Em Lisboa, o atual presidente da Câmara, Carlos Moedas, destaca o trabalho já realizado, afirmando que, enquanto o seu antecessor Fernando Medina deixou 256 casas em construção, a sua gestão já abriu 2.744 e tem mais 750 em curso.
A crise habitacional é também uma preocupação central para as juventudes partidárias, que apresentam propostas variadas para mitigar o problema.
A arquiteta Helena Roseta, uma voz influente no setor, critica o que considera ser um “dogma de que todos os mercados podem ser regulados mas o da habitação não”, apelando a uma intervenção mais assertiva.
Este conjunto de propostas e debates evidencia um consenso sobre a gravidade da crise, mas revela abordagens distintas sobre o papel do Estado e do mercado na sua resolução.
Em resumoA crise da habitação tornou-se um ponto central do debate político em Portugal, com partidos como PS, Chega e executivos locais a apresentarem propostas que vão desde parcerias público-privadas à construção de novas habitações. Apesar do consenso sobre a urgência do tema, as soluções propostas variam significativamente.