Esta volatilidade reflete a incerteza nos mercados financeiros e tem um impacto direto no valor das prestações mensais pagas pelas famílias.
A evolução das taxas Euribor continua a ser um fator crítico para a acessibilidade à habitação em Portugal, especialmente para as famílias com crédito de taxa variável. A taxa a seis meses, a mais utilizada no país, representando 37,74% dos empréstimos para habitação própria permanente, subiu para 2,112%. Em contrapartida, a taxa a doze meses desceu para 2,116% e a de três meses recuou para 2,034%.
Esta flutuação está diretamente ligada às expectativas do mercado sobre a política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que recentemente manteve as suas taxas diretoras após um ciclo de cortes iniciado em junho de 2024. A incerteza sobre os próximos passos do BCE, com analistas divididos entre a manutenção das taxas ou um novo corte em setembro, traduz-se nesta instabilidade das Euribor.
Para os detentores de crédito à habitação, estas variações significam que a previsibilidade das suas despesas mensais permanece baixa, num contexto em que os juros, embora mais baixos do que no pico recente, continuam a representar uma fatia significativa do orçamento familiar, influenciando diretamente a capacidade de endividamento e a acessibilidade à compra de casa.














