Atualmente, 43 concelhos cobram esta taxa, um aumento significativo face aos 18 do ano anterior.

Lisboa lidera a arrecadação com 38,3 milhões de euros, representando mais de metade do total nacional, seguida pelo Porto com 12,27 milhões.

O aumento das taxas em alguns municípios, como Lisboa, e o alargamento do período de aplicação contribuíram para este valor histórico.

Este fenómeno intensifica o debate sobre a sustentabilidade do modelo turístico e a sua relação com a crise habitacional.

Enquanto as autarquias veem na taxa uma fonte de receita para mitigar os impactos negativos do turismo e investir na cidade, muitos críticos argumentam que o turismo massivo contribui para a subida dos preços da habitação, a gentrificação e a perda de identidade dos bairros, tornando as cidades menos acessíveis para os seus próprios residentes. A gestão e aplicação destas receitas são, por isso, cruciais para garantir que o turismo contribui positivamente para o desenvolvimento local sem agravar a crise de habitação.