De acordo com dados da consultora CBRE, o setor imobiliário comercial português demonstrou uma resiliência e atratividade notáveis, contrariando um cenário de maior cautela noutros mercados europeus. Este crescimento robusto é um indicador significativo da saúde geral do mercado imobiliário e da economia portuguesa.

Embora este segmento não inclua diretamente a habitação residencial, o seu dinamismo tem importantes efeitos secundários.

A forte entrada de capital estrangeiro e nacional no imobiliário comercial reflete uma perceção positiva sobre a estabilidade e o potencial de crescimento do país, o que pode influenciar positivamente a confiança dos investidores no setor residencial.

Além disso, o desenvolvimento de novos espaços comerciais, escritórios e logísticos está frequentemente associado a projetos de regeneração urbana que podem, a longo prazo, incluir componentes habitacionais e melhorar as infraestruturas locais.

No entanto, este aumento de investimento pode também contribuir para a valorização dos terrenos urbanos, exercendo uma pressão adicional sobre os custos de construção de nova habitação e, consequentemente, sobre os preços finais para o consumidor, um fator a considerar no complexo puzzle da crise habitacional.