Este aumento, particularmente acentuado no segmento de luxo, reflete a contínua pressão sobre o mercado e agrava a crise de acessibilidade para a população. De acordo com o relatório da Knight Frank, divulgado pela associada Quintela + Penalva, os preços das casas de luxo em Portugal registaram uma subida homóloga de 16,9% no primeiro trimestre de 2025, com um crescimento real (descontando a inflação) de 14,8%. Este desempenho coloca o país apenas atrás da Turquia (32,2%) e da Macedónia do Norte (22,6%) no ranking de 55 mercados analisados.
A nível global, os preços subiram em média 2,3%, o valor mais elevado desde o segundo trimestre de 2024, mas ainda abaixo da tendência de longo prazo.
A análise sublinha que o mercado português continua a atrair fortemente investidores estrangeiros, que procuram oportunidades de investimento ou uma segunda habitação, mas também nota que "o cliente nacional está também cada vez mais exigente".
A procura internacional, proveniente de países como Canadá, Brasil e Angola, tem sido um dos motores desta valorização, especialmente em projetos de luxo em zonas como Cascais, onde apartamentos podem começar nos 2,5 milhões de euros.
Esta dinâmica de preços ascendentes, impulsionada pela forte procura e pela oferta insuficiente, continua a pressionar o mercado, tornando o acesso à habitação cada vez mais difícil para a maioria dos portugueses.













