Os dados indicam uma mudança clara no comportamento dos consumidores: pedir um empréstimo diretamente ao balcão do banco está a tornar-se menos comum.
O número de intermediários de crédito registados no Banco de Portugal aumentou de forma expressiva, atingindo os 6.090 no início de julho de 2025. A sua quota de mercado no crédito à habitação disparou de 9,2% em 2019 para 57% em 2024. Este modelo de negócio não acarreta custos diretos para o cliente, uma vez que a remuneração dos intermediários é assegurada pelos bancos através de comissões. Para as instituições financeiras, esta parceria permite uma redução de custos fixos. A Associação Nacional de Intermediários de Crédito Autorizados (ANICA) destaca que este crescimento reflete a necessidade de orientação num mercado complexo, defendendo uma maior profissionalização do setor, inspirada no modelo espanhol, que exige formação contínua e uma separação mais clara entre a atividade imobiliária e a de intermediação de crédito. A tendência de procura por apartamentos T2 e T3 domina os pedidos de crédito, refletindo a escolha de famílias jovens que procuram um equilíbrio entre espaço e preço acessível.













