Esta tendência, que reflete a evolução das taxas Euribor e as decisões do Banco Central Europeu, representa um desenvolvimento significativo para o mercado imobiliário.
De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação caiu para 3,385% em julho, o valor mais baixo desde fevereiro de 2024. Esta descida contínua representa uma queda acumulada de 127,2 pontos base desde o pico de 4,657% registado em janeiro de 2024. A evolução é ainda mais notória nos contratos mais recentes, celebrados nos últimos três meses, onde a taxa de juro média desceu para 2,897%, atingindo um mínimo de quase três anos.
A principal causa desta tendência é a trajetória das próprias taxas Euribor, que têm antecipado e seguido os movimentos de alívio das taxas diretoras por parte do Banco Central Europeu (BCE).
A Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos com taxa variável, tem sido um dos principais impulsionadores desta descida. Embora esta redução dos juros represente um alívio nos custos de financiamento, o seu impacto real na acessibilidade à habitação é atenuado pela contínua subida dos preços dos imóveis, um fator que mantém a pressão sobre o orçamento das famílias.













