Estes valores, considerados insustentáveis, afastam muitos cidadãos do mercado e levam especialistas a alertar para o potencial crescimento do número de famílias em situação precária. A gravidade do problema é tal que se tornou um eixo prioritário nas campanhas para as próximas eleições autárquicas em vários municípios, como Vila do Bispo e Pombal.
Candidatos de diferentes espectros políticos reconhecem a "falta de habitação acessível" como um dos principais problemas a resolver, refletindo a pressão sentida pelas comunidades locais. A análise do mercado, como a efetuada pela rede imobiliária iad Portugal, corrobora que o principal estrangulamento reside na escassez de oferta de habitação a preços comportáveis. Enquanto o mercado de luxo prospera, a classe média e os jovens encontram barreiras quase intransponíveis para aceder a uma habitação digna, seja através da compra ou do arrendamento, exacerbando as desigualdades sociais e territoriais.













