A escassez de oferta e a procura internacional constante são os principais motores deste segmento, que contrasta fortemente com as dificuldades de acesso à habitação sentidas pela generalidade da população. De acordo com o relatório “World Cities Prime Residential Index” da consultora Savills, o valor dos imóveis residenciais de luxo na capital portuguesa cresceu 2,4% nos primeiros seis meses do ano, superando cidades como Nova Iorque.
As previsões para o segundo semestre são ainda mais otimistas, apontando para um aumento adicional entre 4% e 5,9%.
Este desempenho é atribuído a dois fatores principais: os baixos níveis de stock de produto 'prime' e um interesse internacional que se mantém "constante". Esta dinâmica não se limita à venda, estendendo-se ao mercado de arrendamento de luxo, que também registou uma subida de 1,3% em Lisboa. A cidade está, assim, entre as capitais europeias onde as rendas de imóveis de gama alta mais cresceram. Este cenário evidencia um mercado imobiliário a duas velocidades, onde o segmento de luxo prospera, alimentado por compradores nacionais e internacionais com elevado poder de compra, enquanto a maioria das famílias enfrenta uma crise de acessibilidade sem precedentes.













