A reconstrução de habitações permanentes constitui uma das prioridades, com apoios que podem chegar a 100% do valor da obra. Na sequência de um Conselho de Ministros extraordinário realizado em Viseu, o primeiro-ministro Luís Montenegro anunciou um novo instrumento legislativo que funcionará como uma "lei-quadro" para responder a situações de emergência. No que concerne à habitação, o Estado compromete-se a comparticipar a 100% a reconstrução de residências próprias e permanentes até um montante de 250 mil euros, sendo o valor remanescente financiado a 85%. A medida surge após a destruição de, pelo menos, uma dezena de casas de primeira habitação na região Centro, com o concelho de Oliveira do Hospital a ser o mais afetado. O ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, esclareceu, no entanto, que as segundas habitações e as casas de emigrantes não estão abrangidas por estes apoios, defendendo que estas deveriam ter um seguro de habitação.

Esta posição gerou debate, assim como a recusa do Governo em declarar o estado de calamidade, uma medida solicitada por alguns autarcas.

O executivo argumenta que o novo diploma permite "operacionalizar com muito mais rapidez" os mecanismos de ajuda.

A oposição, nomeadamente o PS e o PCP, criticou a resposta do Governo, considerando-a tardia e insuficiente, e questionou a eficácia das medidas anunciadas, enquanto o Chega pediu a demissão da ministra da Administração Interna.