Candidatos de diferentes quadrantes políticos, incluindo o candidato presidencial Gouveia e Melo e vários candidatos autárquicos, apresentam a habitação como um "problema grave" e prometem soluções para aumentar a oferta e a acessibilidade. O candidato presidencial Gouveia e Melo identificou a habitação como um dos "problemas gravíssimos" da sociedade portuguesa, que está a "deslaçar a nossa própria sociedade".

Esta preocupação é espelhada no discurso de vários candidatos às eleições autárquicas de 12 de outubro. Em Lisboa, o atual presidente da Câmara, Carlos Moedas, ao pedir a maioria aos eleitores, compromete-se a aumentar a oferta de habitação pública através de um projeto de construção em 250 hectares de terrenos, nomeadamente no Vale de Chelas, e a apostar em "habitação acessível exclusivamente direcionada para os mais jovens". Na Ribeira Brava, o candidato da coligação PSD/CDS, Jorge Santos, assume como prioridade o aumento da oferta de habitação, propondo recorrer ao património municipal para esse fim.

Também em Campo Maior, a candidata do Chega, Cristina Mouril, elege as "questões relacionadas com a habitação" como uma das suas principais preocupações, demonstrando que o tema é transversal e mobiliza o eleitorado em todo o país.

Estas propostas refletem a crescente pressão social por respostas concretas para a falta de casas a preços comportáveis.