Portugal continua a enfrentar uma escalada nos preços da habitação, tanto na compra como no arrendamento, posicionando-se como um dos mercados com maior crescimento a nível global. Relatórios recentes indicam que os preços permanecem "inacessíveis a grande parte da população", apesar de uma ligeira desaceleração na procura por arrendamento. De acordo com o relatório Global House Price Index, Portugal ocupa a terceira posição entre 55 mercados analisados, com um crescimento nominal de 16,9% nos preços das casas no primeiro trimestre de 2025, e uma valorização real de 14,8%. Esta tendência de subida reflete-se também no mercado de arrendamento.
Um relatório do portal Idealista revela um aumento acentuado das rendas em cidades como Braga e Viana do Castelo em julho.
Embora a procura por arrendamento tenha abrandado 45% em relação a 2024, os preços continuam elevados, com uma média de 17 famílias a contactar por cada anúncio, o que demonstra a contínua pressão sobre a oferta. A valorização estende-se a comodidades adicionais; um estudo do mesmo portal indica que comprar um apartamento com piscina em Portugal é, em média, 61% mais caro, com a diferença a chegar a 124% em Coimbra e a 87% em Setúbal.
Em Évora, o acréscimo é de 22%, e apenas 11% dos apartamentos anunciados na cidade dispõem desta comodidade.
Em resumoA contínua e acentuada subida dos preços de compra e arrendamento de habitação em Portugal, confirmada por vários relatórios, agrava a crise de acessibilidade. O país destaca-se nos rankings internacionais de valorização imobiliária, tornando o acesso à habitação cada vez mais difícil para a maioria da população.