O relatório mensal do EDMO, que analisou 1.433 artigos verificados pela sua rede, revelou que a imigração foi o tema mais visado pela desinformação em julho, representando 11% do total.
A situação em Portugal foi especificamente mencionada, com a disseminação da notícia falsa sobre a prioridade dos imigrantes nas escolas.
Esta narrativa insere-se numa tendência mais ampla, também observada na Polónia com foco nos imigrantes ucranianos, de que "o Estado cuida mais dos imigrantes do que de seus próprios cidadãos". O observatório citou declarações do presidente do Chega, André Ventura, que afirmou no Parlamento que a ausência de nomes como "João, Maria e Pedro" numa escola evidenciava uma "inversão demográfica", e que publicou nas redes sociais que "os imigrantes chegam a Portugal, não têm emprego e os seus filhos ainda passam à frente dos filhos dos portugueses".
Estas alegações alimentam tensões sociais que se entrelaçam com a crise da habitação e a perceção de escassez de recursos, tornando-se um terreno fértil para a desinformação.













