A conjugação entre a quebra demográfica, as novas regras de acesso com maior peso nos exames nacionais e, sobretudo, os custos proibitivos do alojamento, está a criar um cenário de exclusão que ameaça a equidade no acesso ao ensino superior e a sustentabilidade das instituições fora dos grandes centros urbanos.
Queda de Candidatos ao Ensino Superior Ligada aos Custos do Alojamento
A diminuição de mais de nove mil candidatos na primeira fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior em 2025 acendeu o alerta para os múltiplos fatores que condicionam o acesso à educação, com os elevados custos do alojamento a emergirem como uma barreira decisiva. Esta quebra, a mais acentuada em quase uma década, reflete não só as novas regras de acesso, mas também uma crise de acessibilidade que penaliza milhares de jovens e as suas famílias. A análise dos resultados revela um paradoxo: apesar da quebra de 12,1% no número de estudantes colocados em relação ao ano anterior, a percentagem de candidatos que conseguiu uma vaga atingiu o valor recorde de 90,1%. Este dado sugere que o problema não reside na falta de vagas, mas sim nos obstáculos que impedem os jovens de concorrer. As Federações Académicas de Lisboa e do Porto foram unânimes em apontar os custos da habitação como a principal causa para a diminuição do número de colocados. Esta visão é corroborada por José Moreira, presidente do Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup), que alertou que os preços elevados fazem com que "muitos jovens não tentem sequer concorrer, porque não têm possibilidade de pagar um alojamento fora do seu local de habitação". A situação é particularmente gravosa para os estudantes do interior e para aqueles oriundos de contextos socioeconómicos mais frágeis, que veem as suas aspirações académicas limitadas por uma barreira financeira intransponível.



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