Estas alternativas, embora promissoras, enfrentam ainda obstáculos fiscais e burocráticos que limitam a sua expansão.

A procura por crédito para casas pré-fabricadas está a aumentar, com a Caixa Geral de Depósitos a financiar perto de 300 unidades no último ano e meio, oferecendo condições semelhantes às do crédito à habitação tradicional.

Esta tendência reflete um interesse crescente por soluções que podem ser mais económicas e de construção mais célere. No entanto, o setor enfrenta barreiras significativas, nomeadamente um IVA de 23%, consideravelmente superior ao da construção tradicional, e um processo de licenciamento que é, em grande parte, idêntico ao de uma casa convencional, o que anula parte das vantagens em termos de rapidez.

Apesar destes desafios, a inovação continua.

O grupo francês CatanaGroup anunciou o lançamento da SEATY, uma linha de habitações flutuantes modulares que serão integralmente produzidas em Aveiro.

Inspiradas na arquitetura naval, estas unidades visam responder a necessidades residenciais e turísticas em águas calmas.

Simultaneamente, surgem projetos imobiliários de maior escala, como um novo empreendimento de 24 milhões de euros no Seixal com mais de 100 apartamentos, e projetos inovadores como a primeira aldeia regenerativa da Europa, em Santiago do Cacém, financiada por tokens digitais, mostrando a diversidade de abordagens para aumentar a oferta habitacional.