Esta condição, que se traduz na incapacidade de manter a casa adequadamente aquecida no inverno ou fresca no verão, coloca Portugal no topo da União Europeia neste indicador.
Milhares de portugueses vivem em habitações sem condições térmicas adequadas, o que os obriga a passar "muito frio e muito calor dentro da própria casa". Esta situação deve-se, em grande parte, à má qualidade da construção e ao isolamento deficiente de muitos edifícios, tornando-os pouco eficientes do ponto de vista energético.
Para muitas famílias, os custos associados ao aquecimento ou arrefecimento são incomportáveis, levando a situações de desconforto e risco para a saúde.
Como resposta a este problema, o Governo, através do Fundo Ambiental, lançou o programa E-Lar, uma iniciativa que apoia a substituição de equipamentos a gás por alternativas elétricas mais eficientes, como fogões, fornos e esquentadores de classe A ou superior. O programa, com uma dotação de 40 milhões de euros, destina-se a todos os cidadãos com contrato de eletricidade, mas prevê apoios majorados para consumidores vulneráveis.
O objetivo é acelerar a descarbonização do setor residencial e, ao mesmo tempo, reduzir a fatura energética das famílias.
Esta medida, embora focada na eficiência energética, aborda diretamente uma das vertentes mais críticas da crise habitacional: a qualidade de vida e os custos associados à manutenção de uma habitação condigna.













