A escassa oferta pública e a escalada das rendas no setor privado transformam o acesso ao ensino superior num desafio económico que aprofunda as desigualdades sociais.
Com o início do novo ano letivo, milhares de estudantes deslocados deparam-se com um mercado de arrendamento hostil.
Em Lisboa, o custo de um quarto pode ultrapassar os 700 euros mensais, atingindo em alguns casos 714 euros, enquanto no Porto a média ronda os 400 euros. O Observatório do Alojamento Estudantil aponta para um custo médio nacional de 415 euros, um valor incomportável para muitas famílias. A Associação Académica de Lisboa considera que estes preços são um dos fatores que afastam os jovens do ensino superior.
A situação é agravada pela oferta pública manifestamente insuficiente.
As notícias referem que existem apenas cerca de 19 mil camas em residências públicas para mais de 100 mil estudantes deslocados, uma carência que a Federação Académica do Porto também denuncia, afirmando que a oferta pública diminuiu.
Perante este cenário, muitos estudantes são forçados a optar por viver em casa dos pais, enfrentando longas viagens diárias, ou a procurar soluções criativas como a partilha de casa entre gerações.
As reportagens sublinham que o alojamento se tornou um













