Esta escassez estrutural impulsiona uma subida acentuada das rendas, que deverão aumentar em média 9% no próximo ano letivo em Lisboa e no Porto.

A situação é particularmente crítica na cidade do Porto, onde os custos elevados forçam muitos estudantes a permanecer em casa dos pais e a enfrentar longas deslocações diárias.

A crescente procura internacional, motivada pelo prestígio das universidades portuguesas, agrava a pressão sobre o mercado.

A maioria da nova oferta provém de projetos privados, com preços significativamente mais elevados do que os das residências públicas.

Em Lisboa, um estúdio privado pode custar entre 650 e 1.500 euros mensais, valores inacessíveis para muitas famílias.

A situação agrava-se com o fracasso de algumas iniciativas públicas, como a residência universitária prevista no PRR para Évora, que não avançará por falta de acordo para a cedência do imóvel. Como medida de mitigação, o Turismo de Portugal anunciou um novo apoio financeiro para o alojamento de alunos da sua rede de escolas.