O mercado de arrendamento em Portugal atingiu novos máximos em agosto de 2025, com a renda média nacional a fixar-se nos 1.300 euros, mas as dinâmicas regionais revelam trajetórias distintas. Enquanto Lisboa, a cidade mais cara do país, mostra sinais de estabilização com uma ligeira descida trimestral de 0,4% (para 22,4 €/m²), o Porto continua a valorizar-se de forma acentuada, registando uma subida anual de 11% e trimestral de 5,7%, atingindo um preço médio de 17,4 €/m². Esta divergência sugere que, após um período de forte valorização na capital, o Porto se afirma como uma alternativa cada vez mais atrativa para residentes e investidores, o que pressiona os preços no mercado de arrendamento local.
Segundo Ana Luisa Santos, da consultora MVGM, a tendência de maior protagonismo do Porto deverá manter-se nos próximos trimestres. A subida não se limita, contudo, à segunda maior cidade do país.
O barómetro do portal Imovirtual destaca Portalegre como a localidade com a maior subida mensal a nível nacional em agosto, com um impressionante aumento de 27%, elevando a renda média para 700 euros.
Outras cidades, como Beja e Viseu, também registaram aumentos, ainda que mais moderados.
A análise geral indica que a procura por habitação para arrendar permanece elevada em todo o país, mantendo a pressão sobre os preços e agravando as dificuldades de acesso à habitação para muitas famílias.
Em resumoO mercado de arrendamento português continua a aquecer, com a renda média nacional a atingir um novo pico. No entanto, o ritmo de crescimento é desigual, com Lisboa a estabilizar, enquanto o Porto e cidades do interior, como Portalegre, registam subidas expressivas, refletindo uma reconfiguração da procura e da pressão imobiliária no território.